quinta-feira, 14 de julho de 2011

Antes do recesso de julho, vereadores irão discutir o destino do lixo hospitalar em Teresin

Na última audiência pública antes do início do recesso parlamentar de julho, os vereadores de Teresina irão discutir amanhã (15) a partir das 10hs da manhã, o acondicionamento, manuseio, transporte e tratamento do lixo hospitalar na capital. Os vereadores, Urbano Eulálio (PSDB) e Décio Solano (PT) solicitaram audiência pública após serem informados de que desde o primeiro ano de funcionamento do aterro sanitário este tipo de resíduo é coletado e enterrado numa área específica do aterro, sendo a incineração o destino adequado dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS).
De acordo com Urbano Eulálio, a falta de tratamento adequado em Teresina para o lixo é um problema de saúde pública e deve  ser enfrentado em conjunto com a Prefeitura e o Governo do Estado, além dos hospitais particulares.
“ Em Teresina, 240 toneladas de lixo hospitalar são produzidas mensalmente e todo esse resíduo é despejado em aterros sanitários de forma incorreta. Todas as clínicas e hospitais, públicos e privados de Teresina, foram obrigados a realizar alto investimento na construção de salas adequadas para a separação e coleta de lixo hospitalar. Porém, quando o serviço de limpeza da capital recolhe os resíduos, realiza a mistura do lixo hospitalar com o domiciliar, por não possuir equipamentos adequados para a coleta diferenciada. Além disso, infelizmente, existem várias pessoas que vivem do lixo, como os catadores, que estão sujeitos a adquirir doenças graves, por que esse lixo não está sendo incinerado”, disse Urbano Eulálio.
Representantes da prefeitura, do Ministério Público, além dos diretores das clínicas e hospitais, públicos e privados de Teresina foram convidados para participar da audiência pública.
“ A Prefeitura reconhece o problema, tanto que em recente visita ao legislativo municipal, o secretário municipal de Meio Ambiente, Deocleciano Dantas, afirmou que o lixo hospitalar coletado é despejado em aterros sanitários da cidade, mas em áreas distintas. Deocleciano informou ainda que mesmo sendo previsto em legislação municipal, estadual e federal, ações efetivas não foram implementadas ainda por dificuldades financeiras. Vamos cobra para que a lei seja cumprida”, diz Eulálio.